APCC

Mais do que palavras: comunicação aumentativa torna Centro de Reabilitação mais acessível

É uma mudança que tem vindo a ser preparada há alguns meses: o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral está a ficar ainda mais acessível e inclusivo, graças a uma alteração significativa na sinalética! Recorrendo à comunicação aumentativa e alternativa, os diferentes espaços daquela que é também a sede da APCC – Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra estão agora identificados com informação gráfica e simbólica que torna mais fácil a todos reconhecer os diversos serviços e zonas, algo particularmente significativo para os muitos utentes que não comunicam pela fala.

A iniciativa partiu do Departamento de Terapia da Fala, cujas profissionais produziram mais de 60 imagens, algumas já convencionadas (tendo sido utilizado o sistema ARASAC, um banco de pictogramas que podem ser usados para comunicar ideias, necessidades, emoções e ações), mas outras que foi necessário adaptar ou mesmo criar, de forma a corresponder à diversidade de atividades que, quotidianamente, são realizadas no Centro de Reabilitação. Esta nova sinalética convive com a já existente anteriormente, promovendo assim a equidade e a cessibilidade.

A comunicação aumentativa e alternativa é, em termos simples, toda a comunicação que não se resume à fala, sendo composta por múltiplos sistemas, como expressões faciais, quadros de comunicação com símbolos, gestos ou suportes tecnológicos. A sua utilização reforça a ideia de que a comunicação é algo primordial, pois comunicamos desde que nascemos, mas não acontece só através da fala. E também contribui para consagrar o direito à liberdade de expressão e opinião e o acesso à informação como prerrogativas básicas, consagradas na própria Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

A autonomia e a plena participação na sociedade são compromissos contínuos assumidos na atividade do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral, além da promoção das diferentes capacidades e competências dos utentes e das suas famílias. Procura-se assim garantir que cada indivíduo tenha as condições necessárias para viver de forma independente, participar ativamente na comunidade e construir um percurso pessoal que respeite a sua identidade e potencialidade.