Os formandos da APCC – Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra voltaram ontem a meter os pés ao caminho para… aprender! Desta feita, o dia foi dedicado à arte contemporânea e ao património, com visitas guiadas ao Solo Show 2025 da Bienal de Arte Contemporânea Anozero e ao Mosteiro de Santa-Clara-a-Velha: duas experiências diferentes, mas ambas bastante inequívocas quanto à importância das aprendizagens que podem ser feitas fora das salas de aula ou das oficinas.
Em ambas, houve motivos para espanto, fosse a forma como os artistas Janet Cardiff e George Bures Miller captam os sentidos do espetador usando recursos cenográficos limitados – mesas, cadeiras, altifalantes, colunas, espelhos, livros, instrumentos musicais ou televisores – ou a história de como uma comunidade monástica resistiu durante séculos às cheias constantes do rio Mondego, mantendo a sua vida religiosa mesmo com os pés mergulhados em água.
Esta foi mais uma demonstração de que fazer formação na APCC não se restringe aos contextos convencionais, nem sequer aos muros e paredes da instituição. São, aliás, várias as iniciativas que, à semelhança destas visitas guiadas, complementam as aprendizagens formais e visam desenvolver aspetos como a saúde física e mental ou o conhecimento a valorização do património, da história e da cultura.
A Formação Profissional desenvolvida na APCC possui características diferenciadoras que visam proporcionar um desenvolvimento mais inclusivo, personalizado e adaptado às necessidades específicas dos formandos. Destina-se a pessoas com deficiência ou incapacidade, maiores de 18 anos e em situação de desemprego, que pretendam (re)ingressar de forma sustentada no mercado de trabalho, bem como pessoas com deficiência adquirida ou agravada, à procura de nova qualificação ou reforço de competências.