A APCC – Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra está à procura de vozes de crianças entre os 4 e os 11 anos, que possam ser clonadas – anonimamente e com recurso à inteligência artificial – e introduzidas nos sistemas de comunicação aumentativa (nomeadamente, software que pode ser usado em computadores, tablets ou smartphones, por exemplo) dos utentes acompanhados pelo Departamento de Terapia da Fala do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral, para que fiquem mais humanizados.
Desta forma, será possível ‘dar voz’ a quem não tem e proporcionar uma participação mais ativa e plena na sociedade, o que terá um impacto significativo na vida das crianças em causa. O que pedimos é muito simples: contactem desde já a APCC para saber como colaborar e obter todas as informações quanto à forma como esta doação será feita.
Poderão ficar também a saber mais sobre a clonagem de voz e as suas potencialidades para que a comunicação aumentativa ‘adquira’ uma voz mais humana e até infantil, o que é particularmente importante quando se trata de crianças. Este contacto pode ser feito através do telefone +351 239 792 120 ou dos e-mails rosario.nazare@apc-coimbra.pt, ana.dinis@apc-coimbra.pt e ines.gomes@apc-coimbra.pt.
Com esta iniciativa, a APCC pretende tirar partido do rápido desenvolvimento tecnológico a que podemos assistir na atualidade, no sentido de aproveitar as ferramentas digitais e a possibilidade de realizar clonagem de vozes através de inteligência artificial para aumentar a humanização e dignidade dos sistemas de comunicação aumentativa – uma área em desenvolvimento na Associação e que diz respeito, em termos simples, a toda a comunicação que não se resume à fala.
A terapia da fala é uma das áreas de intervenção das equipas do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral, onde é desenvolvido um modelo interdisciplinar e colaborativo, centrado na família e nas suas necessidades e da criança. O trabalho realizado, em que a reabilitação é entendida como um processo global, contínuo e dinâmico, com impacto na vida de utentes, famílias e comunidade, pretende levar a que os diferentes atores se tornem facilitadores e promotores do processo habilitativo.